Tantas palavras já foram faladas, escritas, rasgadas, explicitamente, ferozmente, com caneta vermelha de sangue de dor de amor, de ardor, tantas palavras já foram usadas para escrever em tantos livros, tantas e essas mesmas e outras palavras já foram cantadas em outras e em tantas canções. Palavras, eu já falei, todos já falaram , tantas pessoas escutaram, palavras que podem ter sido somente palavras, ou podem ter sido a razão da calma, da angústia, da existência, da alma. Palavras não deveriam acabar, deveriam ser infinitas, para que então se pudesse falar a mesma coisa com outras palavras, palavras mais fortes, palavras novas, palavras que sangrassem a mente e o coração de quem as escuta, que bom seria se as palavras não se repetissem, palavras, o mel e o fel das palavras. A palavra que rasga, cura, fere, acalma, constrói, destrói, incendeia, congela, a palavra que arranca a culpa, o medo, a lembrança, o desejo, a palavra forte, fria, quente, calma, adoçada, suave palavra. Palavra que faz causar reflexão, a palavra que bate, corta, rasteja pelo chão, leva as nuvens, ao inferno, ao céu. A palavra que controla, que enlouquece, rasga a alma, a palavra.
Daniele Nascimentosegunda-feira, 25 de abril de 2011
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